Entenda como a saúde emocional da gestante influencia diretamente o desenvolvimento psicológico do bebê e como profissionais da saúde mental podem atuar nesse processo.
A gestação vai além do corpo: ela é também um processo emocional
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por transformações intensas — físicas, hormonais e psicológicas. Mas o que muitas pessoas ainda não sabem é que o estado emocional da gestante influencia diretamente a formação emocional do bebê.
Ansiedade, estresse e depressão durante a gestação são mais comuns do que se imagina, e não afetam apenas a mãe. Pesquisas demonstram que essas condições aumentam os riscos de parto prematuro, baixo peso ao nascer e dificuldades no desenvolvimento infantil — cognitivas, comportamentais e afetivas.
Como a saúde mental da mãe afeta o bebê?
O bebê, mesmo ainda no útero, é afetado pelas substâncias produzidas pelo corpo da mãe. Isso inclui hormônios relacionados ao estresse, como a adrenalina e o cortisol. Esses elementos atravessam a barreira placentária e chegam até o bebê, influenciando o seu desenvolvimento neurológico e emocional.
O que a mãe sente, o bebê também sente — e registra. Isso significa que um ambiente intrauterino marcado por altos níveis de estresse pode gerar impactos duradouros na infância.
Fatores que influenciam a saúde mental durante a gestação
Diversos elementos podem afetar o bem-estar emocional de uma gestante. Entre os principais fatores de risco estão:
- Alterações hormonais: As mudanças naturais da gravidez podem afetar o humor e a estabilidade emocional.
- Histórico de transtornos mentais: Mulheres com episódios prévios de depressão ou ansiedade estão mais vulneráveis durante a gestação.
- Falta de apoio emocional e social: Relações instáveis, ausência de rede de apoio e sobrecarga no trabalho contribuem para o sofrimento psíquico.
- Gravidez indesejada: Situações de gestação não planejada ou não desejada elevam os níveis de ansiedade e tristeza.
- Complicações médicas: Gestações de risco ou com desafios físicos aumentam a tensão emocional.
- Histórico de perdas gestacionais: A insegurança emocional pode ser maior em casos de tentativas anteriores frustradas ou traumas gestacionais.
O impacto é real: evidência científica
Um estudo realizado com mães de bebês internados em UTI neonatal apontou que:
- 28% apresentaram sintomas de depressão
- 32% tinham altos níveis de ansiedade
- 28% relataram estresse elevado
Esses dados foram acompanhados por uma observação preocupante: os bebês dessas mães apresentavam pioras clínicas mais significativas, mostrando uma correlação entre o estado emocional materno e o estado de saúde dos recém-nascidos.
Como a Psicoembriologia Sistêmica pode ajudar?
A Psicoembriologia Sistêmica é uma abordagem terapêutica voltada para o cuidado emocional da gestante e do bebê desde a concepção até os primeiros anos de vida.
Ela utiliza recursos como:
- Visualização criativa
- Exercícios de relaxamento
- Música terapêutica
- Histórias e metáforas
Essas ferramentas ajudam a promover um ambiente psicoafetivo saudável para mãe e bebê, prevenindo registros emocionais traumáticos e fortalecendo o vínculo materno.
Um novo campo de atuação para profissionais da saúde mental
Com o aumento da conscientização sobre a importância da saúde mental na gestação, cresce também a demanda por profissionais capacitados nesse cuidado.
Se você atua (ou deseja atuar) com:
- Psicologia
- Psicanálise
- Terapias integrativas
- Apoio perinatal
- Atendimento clínico materno-infantil
…a formação em Psicoembriologia Sistêmica pode ampliar sua prática, oferecendo um olhar mais profundo, preventivo e transformador.
Quer atuar no cuidado emocional de gestantes e bebês?
O cuidado com a saúde mental da gestante é um investimento no futuro emocional do bebê.
Profissionais que se dedicam a esse campo têm a oportunidade de atuar na base do desenvolvimento humano.
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