A psicanálise tem por finalidade fomentar a ética, que deve ser a base de sustentabilidade e a principal ferramenta na escolha dos princípios e valores que norteiam nossa vida.
A ética é a consciência do que é considerado certo ou errado. Nós procuramos a verdade o tempo todo mas, muitas vezes, fechamos os olhos quando nos convêm. Uma pessoa sabe quando agiu bem não porque recebe aprovação, mas porque se sente contente consigo mesma, sente uma sensação de bem-estar, por ter feito uso do bom senso .
A ética nos traz a liberdade com a responsabilidade de quem pensa sempre no todo. Para termos equilíbrio, paz e felicidade, o primeiro passo é reconhecer que o que faz bem só para mim e não para o outro, não é ético. Por exemplo, quando contrariamos a “lei seca” dirigindo alcoolizados, matamos, morremos e dizemos que foi um “acidente”. Não foi por acaso, mas uma escolha. O homem cria leis para perpetuar a vida social, mas nem sempre as cumpre, então cria novas leis para justificar o injustificável.
“O amor, o trabalho e o conhecimento naturais são mananciais da nossa vida. Deveriam, também, governá-la.” Wilhelm Reich
Quando quer levar vantagens e pensar que ninguém está vendo, esquece a “lei do retorno”. Estamos consumindo recursos naturais numa velocidade maior que a capacidade do planeta tem de se regenerar, porque achamos que somos donos da natureza e não parte dela. Desta forma estamos comprometendo as chances de sobrevivência das gerações futuras e aumentando o desequilíbrio entre nós e a natureza. O que é necessário fazer para manter o ciclo? Criar ONGs para aliviar culpas depois que destruímos?
Quando fazemos uma escolha em função de critérios éticos, essa decisão adquire uma dimensão que repercute na sociedade tanto de um ponto de vista social como ambiental.
Por fim, cabe a cada um fazer a diferença, incorporando esses princípios como um “código de lei”, que deve servir de parâmetro e orientar nossas ações quanto a coerência de nossas condutas. Antes de querer consertar o planeta, mudemos nossos hábitos.