A Psicoembriologia e seus benefícios

por Glaucia Araujo | Psicanalista e Psicoembrióloga

Auxiliando os pais a trazerem ao mundo bebês saudáveis

A Psicoembriologia Sistêmica é uma abordagem terapêutica que promove equilíbrio e bem-estar à gestante e aos envolvidos na formação de um novo ser. O pré-natal médico acompanha o desenvolvimento fisiológico do feto e a saúde física da mãe, a fim de prevenir complicações e dificuldades no processo.

A Psicoembriologia Sistêmica também é um pré-natal, que acompanha o desenvolvimento psíquico e emocional do feto, as mudanças emocionais da mãe, do pai e dos envolvidos na jornada, a fim de prevenir a formação de traumas psíquicos para o bebê e as vivências de ansiedade e insegurança, tão comuns na gestação e sentidas pelos pais. Um indivíduo para ser integral, autônomo e sustentável deve ser funcional. 

Assim como patologias físicas podem limitar o desempenho e a realização na vida, os traumas promovem patologias psíquicas que podem ser tão ou mais limitantes que as físicas. Por isso, a Psicoembriologia Sistêmica tem ganhado cada vez mais adeptos e procura. 

As primeiras sensações e percepções são sentidas pelo bebê desde o ventre materno e o cuidado nesse primeiro período é essencial para uma boa saúde. Até os três anos de vida é quando se constituem as conexões emocionais vitais que formarão um padrão a ser seguido para o resto da vida. Por isso os traumas nessa fase definem muito do que viveremos na vida futura. 

Na década de 60, o professor e psicanalista Wilson Ribeiro estudou a vida intratuterina, desenvolvendo e batizando de Psicoembriologia essa técnica de conexão com o bebê. Outros autores, anteriores e posteriores a ele, também contribuíram com suas pesquisas e abordagens para a composição desse trabalho e para o desenvolvimento deste curso e abordagem que hoje o IBCP oferece. 

Agora vamos saber mais sobre este trabalho. A Psicoembriologia Sistêmica trabalha com visualizações criativas, metáforas e dinâmicas que acessam o modo operante do nosso inconsciente e promovem o equilíbrio necessário para a gestação prosseguir com tranquilidade. Além disso, durante o atendimento, através de um código específico de comunicação, o bebê pode se manifestar, conversar com os pais e interagir, estabelecendo uma conexão sem igual e de tamanha importância para a família. Desta forma, é possível saber o que se passa com o bebê e prevenir que se estabeleçam traumas neste período. 

A Psicoembriologia Sistêmica auxilia as mães a conduzirem a gestação com autonomia e segurança e isso reflete na constituição do bebê. Os traumas que surgem na vivência intrauterina influem de forma significativa no percurso emocional, familiar, social e profissional da vida adulta, sendo importante aos pais e profissionais que consigam fazer uma intervenção objetiva neste primeiro período de vida, para prevenir a formação de bloqueios e crenças limitadoras. Nesta altura do texto, os leitores devem estar se perguntando “mas que tipo de trauma um bebê pode ter no ventre de sua mãe?”. Para responder a esta questão, é preciso explicar que os bebês sentem o que suas mamães estão sentindo. 

Eles recebem nutrientes e oxigênio através do sangue que trocam com suas mães. Nessa troca eles também recebem imunoglobulinas, partículas infinitamente pequenas que passam pela placenta e levam a descarga hormonal da mãe com substâncias como adrenalina, glicocorticóides, endorfinas e serotoninas, além de outras.

Estas substâncias são responsáveis pela sensação orgânica que as emoções e os sentimentos produzem em nós, como amor, alegria, prazer, segurança e confiança, assim como raiva, medo, tristeza, insegurança e ansiedades. Então, quando o bebê as recebe em seu corpo ele sente o mesmo que sua mãe está sentindo. Com uma grande diferença – a mãe sabe os motivos de suas emoções, enquanto ele não sabe.

A tendência perceptiva do bebê é de ”culpa” por provocar em sua mãe “aquelas sensações”, já que ele não sabe que há um mundo além daquele onde ele se encontra. Desta forma, se a mãe se submete a pequenos e grandes estresses, por longo tempo, durante a gestação, um trauma pode estar se constituindo naquele pequeno ser que está se formando. 

Como evitar que isto aconteça? Afinal dificilmente uma grávida consegue atravessar este período incólume a estresses de toda ordem, como raiva, tristeza e dor.

 O psicoembriológo recomenda as boas práticas da Psicoembriologia, entre as quais um tempo para conversar com calma com o bebê e explicar o porque daquelas sensações, garantindo que ele continue sendo muito amado e esperado, recebendo todo o necessário para completar seu desenvolvimento de maneira saudável e integral. 

Assim, podemos evitar que interprete as sensações ruins como ameaças. Recomenda-se também que as gestantes evitem situações de exposição a emoções negativas, como por exemplo, assistir a filmes de terror ou violência, expor-se a cenas de brigas e conflito. Sabemos que algumas situações são inevitáveis mas outras não e, com o auxílio da orientação das boas práticas da Psicoembriologia, podem serem contornadas para evitar consequências desastrosas ao feto. 

A Psicoembriologia agrega propostas como essas que possibilitarão uma maior compreensão sobre a gestação, de um ponto de vista interno e externo, proporcionando uma vida adulta que poderá ser desfrutada com qualidade e bem estar. 

Você está convidado a conhecer mais sobre as possibilidades que a Psicoembriologia oferece. Nós, no IBCP, oferecemos isso a você.

 

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