Crenças: quais são as suas?

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por Dolores Araújo | Psicanalista e Psicoembrióloga

Todos nós temos crenças! Elas começam a ser introjetadas já na fecundação, quando passamos a receber as informações das diferentes gerações que nos antecederam, e que ficaram inscritas em nossas células. A memória celular, isto é, o acúmulo de informações referentes aos costumes e valores herdados dos antepassados, pode explicar os movimentos e atitudes que se repetem, consciente ou inconscientemente, nas realizações e nas frustrações vivenciadas por cada um.

O ser humano possui um extraordinário e inesgotável, “centro de processamento de dados” que armazena e processa as informações herdadas e essas vão sendo repassadas de geração em geração, contribuindo no processo que preserva e perpetua a espécie humana. Sensações registradas durante a gestação, registros da infância, da escola e da família, vão formando o indivíduo. O fato é que, fantasiosos ou não, todos os dados acumulados desempenham papel fundamental nas escolhas individuais. Definem caminhos! Determinam destinos!

E assim, as crenças vão se constituindo de maneira individual. Elas podem ser definidas como: limitantes, aquelas que atuam negativamente, e as positivas, que movimentam o indivíduo para crescer.

Como exemplo de crenças negativas, podemos pensar na relação que algumas pessoas estabelecem, com o dinheiro. Dizendo que ele é sujo, que não traz felicidade, que quem ganha dinheiro não entra no céu.

Em consequência dessas associações o indivíduo tende a se auto sabotar. Por exemplo, no trabalho se distancia de promoções de cargos, contrai dívidas, bate o carro, fica doente gastando dinheiro com remédios e, alguns, não conseguem cobrar pela prestação de seus serviços. Internamente, essas barreiras impedem ações que levem a pessoa à prosperidade financeira, e as consequências desse movimento vão reverberar em outros setores da vida.

Não raro, nos deparamos com pessoas que, em função de determinadas frustrações em relacionamentos amorosos, apoiam-se em justificativa do tipo tem “dedo podre” para escolher um parceiro e essas pessoas terminam optando por não se permitir vivenciar mais nenhum relacionamento. Falas como: Você não faz nada direito! Você é burro! Ou Não levo jeito pra isso! Não consigo aprender! são uma espécie de mantra, que de tanta repetição vão se se tornando verdades, convicções absolutas.

Há também os ditados populares como: Se deixar o chinelo virado a mãe morre! É possível descobrir o sexo do bebê pelo formato da barriga! Manga com leite faz mal! Orelha “queimando” significa que tem alguém falando mal! Cruzar com gato preto dá azar …Todos esses são crenças que, aparentemente, parecem ingênuas e até engraçadas, mas podem influenciar e alterar, significativamente, o dia a dia de muita gente.

Já as crenças positivas são fortalecedoras e atuam de forma oposta às crenças negativas. Impulsionam para frente, para cima, no sentido do progresso e do sucesso. Por isso que, em tempos de Corona vírus, cuja contaminação está associada à baixa imunidade, vale enfatizar que as crenças positivas funcionam como antídoto e se opõem aos efeitos, muitas vezes devastadores, causados pelas crenças limitantes. A mente alimenta o corpo! A saúde física depende da saúde mental.

Trabalhar crenças é fundamental no tratamento psicanalítico, uma vez que, conforme já dito, nessas crenças podem estar a raiz dos conflitos internos, das doenças físicas e psíquicas, do insucesso profissional e financeiro, das dificuldades nos relacionamentos e outros mais.

O autoconhecimento, com o auxílio da Psicanálise, trará à luz crenças contribuindo e permitindo que o indivíduo explore, trabalhe e reconheça tais crenças se apropriando de si e de sua história, ressignificando “verdades cristalizadas”, liberando energia no sentido das conquistas e do sucesso no campo emocional e material.

Neste sentido, O IBCP, tem se colocado como ferramenta fundamental na construção do ser integral, de sucesso e de pessoas melhores para o Mundo. Com comprometimento, há vinte anos exerce reconhecido trabalho, de excelência, na formação de Psicanalistas e Psicoembriólogos (profissionais que atendem gestantes e crianças) e no atendimento, presencial e on-line à pacientes de todas as idades.

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