Entendendo a relação entre saúde mental e desenvolvimento cognitivo na infância

por Equipe IBCP Psicanálise

Como a psicanálise pode contribuir para o crescimento saudável das crianças.

A saúde mental e o desenvolvimento cognitivo estão intrinsecamente ligados na infância. As experiências emocionais e psicológicas das crianças têm um impacto direto em seu desenvolvimento cerebral, habilidades de aprendizagem e comportamento. Profissionais que trabalham com crianças, como psicanalistas, psicólogos e educadores, devem entender essa relação para oferecer um apoio efetivo e promover o bem-estar emocional e cognitivo das crianças. Neste artigo, discutiremos como a psicanálise pode contribuir para o crescimento saudável das crianças, apontando os benefícios dessa abordagem e explorando estudos e pesquisas que apoiam sua eficácia.

 

A conexão entre saúde mental e desenvolvimento cognitivo na infância

Diversos estudos mostram a importância da saúde mental para o desenvolvimento cognitivo das crianças. Por exemplo, uma pesquisa conduzida por Masten et al. (2005) demonstrou que crianças com histórico de depressão apresentavam um desempenho acadêmico inferior em comparação às crianças sem transtornos de humor. Além disso, estudos como o de Blair e Raver (2015) sugerem que crianças expostas a ambientes estressantes e adversidades têm maior probabilidade de desenvolver dificuldades de aprendizagem e comportamentais.

Essas pesquisas ressaltam a necessidade de abordar a saúde mental das crianças em conjunto com o seu desenvolvimento cognitivo. A psicanálise pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar as crianças a desenvolver habilidades emocionais e cognitivas saudáveis.

Como a psicanálise pode contribuir para o crescimento saudável das crianças

Identificação e tratamento de problemas emocionais e psicológicos: A psicanálise permite que profissionais identifiquem e tratem questões emocionais e psicológicas que podem estar afetando o desenvolvimento cognitivo da criança. Isso inclui o tratamento de transtornos como ansiedade, depressão e traumas que podem impactar negativamente a aprendizagem e o comportamento da criança (Pine et al., 2001).

Promoção do autoconhecimento e da autorregulação emocional: A psicanálise ajuda as crianças a desenvolverem autoconhecimento e habilidades de autorregulação emocional, que são essenciais para lidar com estresse, frustrações e desafios. Essas habilidades podem, por sua vez, apoiar o desenvolvimento cognitivo saudável (Gross, 2015).

Estimulação do desenvolvimento cerebral: A psicanálise pode contribuir para o desenvolvimento cerebral ao ajudar as crianças a estabelecer conexões neurais saudáveis e a fortalecer áreas cerebrais associadas à aprendizagem, memória e regulação emocional (Schore, 2015).

Apoio à relação entre pais e filhos: A psicanálise pode ajudar a fortalecer a relação entre pais e filhos, proporcionando um ambiente de apoio emocional e compreensão. Isso pode levar a um ambiente familiar mais saudável e propício ao desenvolvimento cognitivo das crianças (Siegel, 2012).

Promoção de habilidades sociais e empatia: A psicanálise pode ajudar as crianças a desenvolver habilidades sociais e empatia, que são fundamentais para a formação de relacionamentos saudáveis e para a adaptação em diferentes contextos, como na escola ou em atividades extracurriculares (Fonagy et al., 2002).

Prevenção de problemas futuros: Ao abordar questões emocionais e psicológicas na infância, a psicanálise pode prevenir problemas futuros, como baixa autoestima, dificuldades de aprendizagem e transtornos mentais na adolescência e na vida adulta (Cicchetti & Toth, 2009).

A relação entre saúde mental e desenvolvimento cognitivo na infância é inegável, e a psicanálise oferece uma abordagem eficaz para apoiar o crescimento saudável das crianças em ambos os aspectos. Ao identificar e tratar problemas emocionais e psicológicos, promover o autoconhecimento e a autorregulação emocional, estimular o desenvolvimento cerebral, apoiar a relação entre pais e filhos, e desenvolver habilidades sociais e empatia, a psicanálise pode ter um impacto positivo e duradouro na vida das crianças.

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Referências:

Blair, C., & Raver, C. C. (2015). School readiness and self-regulation: A developmental psychobiological approach. Annual Review of Psychology, 66, 711-731.

Cicchetti, D., & Toth, S. L. (2009). The past achievements and future promises of developmental psychopathology: The coming of age of a discipline. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 50(1-2), 16-25.

Fonagy, P., Gergely, G., Jurist, E. L., & Target, M. (2002). Affect regulation, mentalization, and the development of the self. New York: Other Press.

Gross, J. J. (2015). Emotion regulation: Current status and future prospects. Psychological Inquiry, 26(1), 1-26.

Masten, A. S., Roisman, G. I., Long, J. D., Burt, K. B., Obradović, J., Riley, J. R., … & Tellegen, A. (2005). Developmental cascades: linking academic achievement and externalizing and internalizing symptoms over 20 years. Developmental Psychology, 41(5), 733-746.

Pine, D. S., Cohen, P., Gurley, D., Brook, J., & Ma, Y. (1998). The risk for early-adulthood anxiety and depressive disorders in adolescents with anxiety and depressive disorders. Archives of General Psychiatry, 55(1), 56-64.

Schore, A. N. (2015). Affect regulation and the origin of the self: The neurobiology of emotional development. Abingdon: Routledge.

Siegel, D. J. (2012). The developing mind: How relationships and the brain interact to shape who we are. New York: Guilford Press.

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