por Regiane G. Mazzola | Psicanalista e Psicoembrióloga

Vida é movimento!

Movimento que cria a vida, que a desenha e que faz de seus momentos e experiências, histórias, transmitidas e registradas, nas páginas da vida, pelas diversas formas de linguagem.

As palavras ditas e as que não foram ditas marcam estas histórias, desde a concepção de uma vida, no útero materno, juntando as sensações às emoções ou espalhando-as.
São como um quebra cabeça cujas peças, sensíveis, vão sendo montadas pela vida, perdendo-se, muitas vezes, algumas delas, deixando a sensação de vazio e incompletude sem fim.

Pode parecer tão simples, mas pela simplicidade, a linguagem passa despercebida, como o ar, a água, essenciais para a vida, mas percebidos, apenas na falta.

A linguagem está na fala, no olhar, nos movimentos, no chorar, no sorrir, está em tudo.

É ela que dá significado às sensações, nomes às emoções, caminhos às escolhas.

É esta linguagem que transforma um ser humano em um sujeito livre, para tomar suas decisões e responsável por comunicá-las e alcançá-las.

Da mesma forma, a psicoembriologia sistêmica estimula o vínculo entre a mamãe e o bebê, através de todas as formas de linguagem. Transforma pequenas palavras em realidade, sensações em emoções e experiências em histórias.

Traz a visão da realidade individual para o presente, a liberdade de entender que errar faz parte, que os pais criam seus filhos e se criam dia a dia, repletos de vontade, esperança e medo do que está por vir e que tudo isso dá o verdadeiro sentido para a vida de cada um.

O dizer que se origina do sentir e o sentir que se transforma no dizer, levando um olhar humano para a vida.