Numa explosão de alegria o Ano de 2020 nasceu! Quem o nutrirá e acolherá? São os nossos pensamentos, atitudes, fantasias, emoções e sentimentos compartilhados uns com os outros enquanto alimento a este tempo que se inicia.

Qual será a qualidade destes alimentos? Serão de críticas ou julgamentos? De culpa, vergonha, nojo? Ironia, arrogância, inveja, raiva ou ciúmes? São alimentos nutritivos, ainda que subjetivos?

Quantos dedos estão apontados para nós ao criticar ou julgar o outro?

Será preciso usar da ironia para dizer o que se quer realmente? Por que não a sinceridade, a verdade dita com o coração?

Como é esperar do reino do outro tudo e preguiçosamente negar de si até a vontade de criar, trabalhar em prol da própria realização?

E a vergonha? Será possível fazer dela, sendo uma emoção eminentemente humana, uma mediadora e transformadora de comportamento?

Inveja quem não a tem? Consciente ou não, empaca a vida de quem a alimenta, provocando insatisfação, sentimento de raiva, de destruição não só em relação ao outro como também e principalmente em si mesmo.

Espero que estas colocações sejam estimulantes para reflexões transformadoras em alimentos nutritivos a serem oferecidos ao pequeno 2020,   como boas idéias, plenas comunicação, atitudes proativas, mediadoras onde a ética predomine e a empatia sugerida desde os primórdios da civilização, possam ser resgatadas, questionando: “o que é bom para mim é para o outro também?” ou refletindo sobre: “não faça ao outro aquilo que não queres que faça a ti.”

Que a síntese destas reflexões seja um mantra a nos guiar. Que o ano 2020, cresça psicoembriolizado, forte, independente, ciente de que os nutrientes fornecidos por nós possam transformar-se em um ano de paz, harmonia, saúde decorrente de atitude ética e nobre, crente que estamos imersos numa sabedoria ancestral que nos apóia e assim possamos sentir profundamente que somos um in-dividuo – não dividido – e reflexo simultâneo de nós no mundo e do mundo em nós.

Feliz Ano Novo!

Equipe IBCP