A Base de Tudo

por Sonia Paschoalique | Psicanalista e Psicoembrióloga

Há muitos séculos, estudiosos já mencionavam em seus escritos a existência de uma considerável movimentação do bebê dentro do ventre materno e uma possível ligação emocional entre ambos, mãe e filho.

Essas observações, a princípio intrigantes e objeto de interesse por muitos  pesquisadores nos tempos seguintes, teve sua comprovação somente por volta do século 19 com a invenção de um aparelho, o estetoscópio, que veio confirmar a existência de movimentos fetais até mesmo antes da décima segunda semana de gestação e sua implicação no emocional da grávida com os estudos de uma ciência ainda engatinhando, a psicologia.

Dessa forma, comprovou-se que o vínculo mãe-bebê é um processo que começa bem antes do nascimento e não após ele, como sustentado pela comunidade científica até então.

Ao nascer, o bebê já carrega consigo os nove meses de experiências intrauterinas tão bem consideradas por Freud quando disse que “entre a vida uterina e a primeira infância há mais continuidade do que a impressionante censura do ato do nascimento nos

permite saber”, isto é, há algo além por Sonia Paschoalique de um bebê se formando no ambiente uterino, há também uma mãe com todos os sentimentos que um ser humano possa sentir.

Hoje, sabemos que as experiências vividas no ventre é que se tornam sólidas e se fortalecem com o desenvolvimento do bebê pós nascimento. Porém, existe um fator fundamental que direciona o sucesso desse desenvolvimento tanto antes como depois de nascido – o ambiente onde o bebê se encontra e a interação mãe-bebê, ou seja, a qualidade do vínculo afetivo que une esses dois.

No primeiro ambiente, no útero materno, toda emoção da gestante também é sentida pelo bebê na forma de sensações que são recebidas através de minúsculas partículas hormonais fabricadas pela mãe, o que faz com que o bebê possa responder com uma expressão somática, como por exemplo, um crescimento e uma movimentação fora do normal ou dentro dos padrões.

No segundo ambiente, no mundo aéreo, alimentação e sono podem expressar perturbações de conflito entre a mãe e o bebê. Não aceitar o alimento ou sono agitado seguido de choro contínuo, pode ser citado como exemplo, assim como o medo e a ansiedade da mulher em relação a maternidade.

Assim como sentia quando estava dentro do ventre, o bebê continua internalizando os sentimentos maternos.

Porém, quando a mãe está fortalecida com bons sentimentos de apoio e amparo, especialmente em relação ao pai da criança, vínculos e laços afetivos vão se estreitando e sentimentos de pertencimento, amor e cuidado vão se aprofundando e tornando-se vitalícios.

Relacionamentos formam uma parte imprescindível no desenvolvimento humano e torna-se prioridade respeitar e promover o vínculo mãe-filho que é a primeira relação de todos nós.

 

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